quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Como nós pensamos o indivíduo? e IPSEIDADE

Como nós pensamos o indivíduo?

• Indivíduo possui duas dimensões (1) como membro de uma sociedade, (2) ser independente e autônomo “sentido moral”
• Homem é um indivíduo autônomo e independente.
• Paul Ricoeur questiona o processo de individualização. Como nos individualizamos? Nos individualizamos através da LINGUAGEM.

A LINGUAGEM é o ponto de partida; por meio dela nos expressamos e dizemos o mundo, ou seja, é a uma forma de colocar para fora aquilo que pensamos. Através da linguagem o ser humano é capaz de dizer o indivíduo de três formas:

A característica da ipseidade é que o homem
 se acha sempre separado do que é por toda espessura do
 ser que ele não é. O homem se anuncia a si do outro lado
 do mundo, e volta a se interiorizar a partir do horizonte: o
 homem é um ‘ser das lonjuras’.

A IPSEIDADE faz parte da filosofia ética de Paul Ricoeur.

A ipseidade do eu significa que este não se individualiza em relação ao conceito, mas em relação a si de maneira única, fora da totalidade do ser e da consciência pensante, fora da distinção do individual e do geral (7). O eu do gozo, não é nem biológico nem sociológico, constitui-se pela sua referência a si, num movimento diferente do intencional, porque é um movimento virado para si. Trata-se duma experiência anterior à reflexão (8).

IPSEIDADE– significa a dimensão moral (ser ou dever ser), enquanto exterioridade: um Ricoeur ainda deontológico; mas, tal identidade vivida torna-se impossibilitada de apreender a totalidade, porque implica numa interpretação hermenêutica de mundo, dada a quase impossibilidade de integração fenomenológica do problema do si-mesmo como um outro. Porém, se há um mundo narrado no qual a ipseidade se narra, haveria algo antes do mundo; e este algo anterior determinaria o que fosse, não só uma efetiva vida boa, mas a primeira – e talvez a última - constituição do si

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